O
delírio febril de ser um “vencedor” é um dos maiores cânceres sociais, uma
terrível obsessão que acaba com as mentes frágeis. Viver parece apenas uma
corrida em busca de um troféu. No final das contas onde se chega deste jeito? Para
que tantos sonhos de grandeza? A paz é perdida a troco de banalidades
passageiras. Desentendimentos, rivalidades, competições acirradas, invejas. A fogueira
de vaidades consome a tranquilidade da alma.
Por
outro lado não se deve permitir carregar a alcunha de fracassado. Aceite quem
você é, do modo como você é. Receba o que a vida lhe dá com gratidão e se
quiser procure construir algo melhor sem cair na monstruosa armadilha de tentar
vencer segundo os padrões. Saia da esfera do status do objeto e todas as suas
conquistas virão com a leveza de quem alcançou o mais importante, uma base
firme olhando de si para si mesmo. Não se enquadre em padronizações doentias.
Quem pode afirmar que o sucesso aclamado pela mídia tem preenchido os
“vencedores”? Suicídio e depressão atingem tanto pobres quanto ricos. Não é a
posição na pirâmide social que delimita preenchimento interior. Ser bem
sucedido financeiramente não é garantia de felicidade. Há um buraco no íntimo
das pessoas que só pode ser extinto pelo encontro pessoal que encaminha para o
encontro com Deus.
Longe
do barulho ensurdecedor da busca desesperada pelo sucesso, um silêncio profundo
nos aconchega como um travesseiro de penas de ganso. Este silêncio afirma nosso
verdadeiro ser. Esta é a maior vitória que alguém pode conseguir.
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