terça-feira, 30 de abril de 2013

ODIAVA meu Pai


Ser feliz ou infeliz é uma escolha, não uma fatalidade. O que você faz com suas vivencias boas ou más irá definir sua realidade. Aprendi isso com a experiência. Meu pai usou de grande violência física e psicológica, destruindo minha autoestima. Cresci inseguro, amedrontado, achando que era o pior ser vivente do planeta. Os dogmas da Igreja terminaram por me afundar em amargura e culpa, matando-me aos poucos. Muito jovem, entrei em severa depressão, andei pelos cantos sem vontade de viver, até que pensei em suicídio – havia chegado no fim da linha. Ou enlouqueceria, ou acabaria com minha vida. Decidi que nenhuma das opções valia. Preferi continuar e viver de verdade. Mergulhei numa busca por mim mesmo, procurando entender o que estava por trás dos meus sintomas físicos e psicológicos. Estudei muitos livros de psicologia, aprendi a meditar, encontrei-me espiritualmente na Yoga, bebi a Ayahuasca (chá sagrado dos índios da Amazônia) indo mais fundo em meu autoconhecimento, encarei meus monstros, tomei as rédeas dos traumas, não permitindo que eles me levassem para o buraco – deixei de ser vítima e um novo sol em mim brilhou.
Se sua vida é um caos e traumas te impedem de ser completamente feliz. Se sua autoestima é um lixo e te fizeram achar que sua vida para nada serve. Saia de sua zona de tristeza confortável. Pare de se alimentar com a comiseração dos outros. Deixe de sentir pena de si próprio. Acorde! A vida é muito breve! Não adianta guardar mágoas, elas só servem para te impedir de viver! Não se identifique com o sofrimento, ele vai te destruir por inteiro!
Quando perdoei meu pai muitos anos depois de sua morte, liberei a mim mesmo para aproveitar cada dia com o máximo de prazer. Então as dores se tornaram um remédio amargo que ficou doce, a tristeza obscura, em metamorfose se encheu de cor.

2 comentários:

  1. Nada como a liberdade! Que lindo, quando a gente consegue reverter o quadro de se vitimizar o tempo inteiro! Vamos procurar os melhores meios para viver com nossas dores. Então as dores se tornaram um remédio amargo que ficará doce, a tristeza obscura, em metamorfose que se encherá de cor.

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  2. Agradeço a contribuição minha irmã!!!

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