Ser
feliz ou infeliz é uma escolha, não uma fatalidade. O que você faz com suas vivencias
boas ou más irá definir sua realidade. Aprendi isso com a experiência. Meu pai usou
de grande violência física e psicológica, destruindo minha autoestima. Cresci
inseguro, amedrontado, achando que era o pior ser vivente do planeta. Os dogmas
da Igreja terminaram por me afundar em amargura e culpa, matando-me aos poucos.
Muito jovem, entrei em severa depressão, andei pelos cantos sem vontade de
viver, até que pensei em suicídio – havia chegado no fim da linha. Ou
enlouqueceria, ou acabaria com minha vida. Decidi que nenhuma das opções valia.
Preferi continuar e viver de verdade. Mergulhei numa busca por mim mesmo, procurando
entender o que estava por trás dos meus sintomas físicos e psicológicos.
Estudei muitos livros de psicologia, aprendi a meditar, encontrei-me
espiritualmente na Yoga, bebi a Ayahuasca (chá sagrado dos índios da Amazônia) indo
mais fundo em meu autoconhecimento, encarei meus monstros, tomei as rédeas dos
traumas, não permitindo que eles me levassem para o buraco – deixei de ser
vítima e um novo sol em mim brilhou.
Se
sua vida é um caos e traumas te impedem de ser completamente feliz. Se sua
autoestima é um lixo e te fizeram achar que sua vida para nada serve. Saia de
sua zona de tristeza confortável. Pare de se alimentar com a comiseração dos
outros. Deixe de sentir pena de si próprio. Acorde! A vida é muito breve! Não
adianta guardar mágoas, elas só servem para te impedir de viver! Não se
identifique com o sofrimento, ele vai te destruir por inteiro!
Quando
perdoei meu pai muitos anos depois de sua morte, liberei a mim mesmo para
aproveitar cada dia com o máximo de prazer. Então as dores se tornaram um
remédio amargo que ficou doce, a tristeza obscura, em metamorfose se encheu de
cor.